Custom Search

quarta-feira, 14 de março de 2012

LED,LCD,PLASMA

O que é LCD?
A tecnologia LCD (Liquid Crystal Display - Telas de Cristal Líquido) não é empregada apenas em monitores ou TVs. No mercado, é possível encontrar dispositivos portáteis - como consoles de games, telefones celulares, calculadoras e câmeras digitais - cujas telas também fazem uso desta tecnologia. Laptops, por exemplo, utilizam este tipo de tela há anos.
Tal como o seu nome indica, o "segredo" do LCD está em um material chamado cristal líquido, que recebe este nome porque, apesar de não se tratar exatamente de um componente líquido, suas características o fazem agir como tal.
Em sua constituição mais simples, as moléculas de cristal líquido são distribuídas entre duas lâminas transparentes polarizadas chamadas substratos. Este processo é orientado de maneira diferente nas duas lâminas, de forma que estas formem eixos polarizadores perpendiculares, como se formassem um ângulo de 90º. A grosso modo, é como se uma lâmina recebesse polarização horizontal, e a outra, polarização vertical, formando um esquema do tipo "linhas e colunas".
As moléculas de cristal líquido são capazes de orientar a luz. Quando uma imagem é exibida em um monitor LCD, elementos elétricos presentes nas lâminas geram campos magnéticos que induzem o cristal líquido a "guiar" a luz oriunda da fonte luminosa para formar o conteúdo visual. Sempre que necessário, uma tensão diferente pode ser aplicada, fazendo com que as moléculas de cristal líquido se alterem de maneira a impedir a passagem da luz.
Em telas monocromáticas (comuns em relógios e calculadoras, por exemplo), as moléculas assumem dois estados: transparente (a luz passa) e opaco (a luz não passa). Para telas que exibem cores, diferentes tensões e filtros que trabalham sobre a luz branca são aplicados às moléculas.
Matriz ativa e matriz passiva
As telas LCD se dividem, basicamente, em duas categorias: matriz ativa (Active Matrix LCD) e matriz passiva (Passive Matrix LCD). O primeiro tipo tem como principal diferença a aplicação de transistores para cada pixel (em poucas palavras, pixel é um ponto que representa a menor parte da imagem em uma tela), enquanto que, na matriz passiva, os transistores são aplicados tomando como base o já mencionado esquema de linhas e colunas.
Com isso, nas telas de matriz ativa, cada pixel desta pode receber uma tensão diferente, permitindo, entre outros, a utilização de resoluções altas. Por outro lado, sua fabricação é tão complexa que não é raro encontrar monitores novos que possuem pixels que não funcionam - os chamados "dead pixels".
As telas de matriz passiva, por sua vez, têm constituição mais simples. O cristal líquido é posicionado entre dois substratos, tal como indica a ilustração a seguir. Circuitos integrados são encarregados de controlar as cargas que ativam os pixels, permitindo que as imagens sejam formadas na tela.

Moléculas de lristal líquido entre lâminas
Devido à sua simplicidade, telas de matriz passiva são mais baratas, porém apresentam desvantagens consideráveis, como menor tempo de resposta (saiba o que isso significa mais adiante). Por isso, atualmente, seu uso é comum apenas em dispositivos que não necessitam de tanta qualidade, como calculadoras. Neste sentido, equipamentos mais sofisticados são construídos com matriz ativa.
A simplicidade das telas de matriz passiva reside no fato de a aplicação de tensões considerando linhas e colunas não ter o mesmo nível de complexidade que a fabricação de telas de matriz ativa. O problema é que quando um pixel é acionado a partir deste esquema, a aplicação de tensão nele pode fazer com que os pixels das linhas e colunas vizinhas também sejam afetados, fazendo com que trabalhem, mesmo que levemente, prejudicando a geração da imagem como um todo.
Na matriz ativa, este problema foi solucionado porque a aplicação de um controle de tensão individual para cada pixel não tem "efeito colateral", isto é, não "contamina" pixels vizinhos. Geralmente, as telas de matriz ativa utilizam um componente chamado TFT (Thin Film Transistor - algo como Transistor de Film Fino), cuja principal característica é justamente a aplicação, por meio de uma camada, de transistores específicos para cada pixel.
Tipos de LCD
A busca por imagens melhores aliada a processos viáveis de fabricação fez com que a indústria desenvolvesse várias tipos de LCD. A seguir, as variedades mais encontradas:
- TN (Twisted Nematic): este é um dos tipos mais comuns, utilizado em dispositivos de baixo custo. Nele, as partículas de cristal líquido são posicionadas de maneira retorcida. A aplicação de carga elétrica é capaz de fazer os cristais girarem em até 90 graus, de acordo com o nível de tensão utilizado, determinando a passagem ou não de luz. Há também um tipo chamado STN (Super TWisted Nematic) que é uma espécie de evolução do TN. Suas moléculas têm movimentação melhorada, fazendo com que o usuário consiga ver a imagem do monitor satisfatoriamente em ângulos muitas vezes superiores a 160º, característica não existente nos painéis TN. Há ainda outras variações, como Double Layer STN e Film compensated STN;
- IPS (In-Plane Switching): trata-se de uma tecnologia mais sofisticada, aplicada principalmente em equipamentos de LCD de maior qualidade. Nela, as partículas de cristal líquido seguem um alinhamento horizontal em vez de vertical, como geralmente acontece com painéis TN. Graças a isso, telas IPS conseguem trabalhar com maior taxa de atualização (conceito abordado mais à frente), resultando em mais conforto visual ao usuário. Painéis IPS também oferecem mais nitidez e brilho, além de visualização satisfatória mesmo quando a tela é olhada de um ponto lateral. Há também uma variação chamada S-IPS (Super IPS), capaz de trabalhar com mais ângulos, resoluções maiores e taxas mais acentuadas de brilho. Como gastam mais energia - consequência principalmente da utilização de quantidades maiores de transistores -, telas IPS não são frequentemente empregadas em dispositivos portáteis, como laptops e tablets;
- AFFS (Advanced Fringe Field Switching): semelhante à tecnologia IPS, já que também utiliza alinhamento horizontal, a especificação AFFS é empregada em equipamentos que oferecem alta qualidade de imagem, tendo como diferenciais a capacidade de apresentar boa visualização em variados ângulos de observação e de oferecer excelente fidelidade de cores;
- VA (Vertical Alignment): neste tipo, as partículas de cristal líquido se encontram em posição vertical em relação aos substratos. Telas do tipo são capazes de oferecer boa reprodução de cores e visualização em vários ângulos, mas geralmente têm tempo de resposta em níveis piores em comparação ao IPS e ao AFFS. Tal como acontece com os outros tipos, telas VA também contam com variações, sendo as mais comuns a MVA (Multi-domain Vertical Alignment) e a PVA (Patterned Vertical Alignment);
- ASV (Advanced Super View): trata-se de uma tecnologia desenvolvida pela Sharp que se assemelha ao VA. De acordo com a empresa, sua principal vantagem está no suporte a vários ângulos de visão, podendo chegar a 170 graus. Isso porque as moléculas de cristal líquido conseguem se posicionar em várias direções, com movimentos semelhantes aos que fogos de artifícios fazem ao explodir;
- Super PSL (Plane-to-Line Switching): sendo uma das mais recentes e tendo a Samsung por trás de seu desenvolvimento, a tecnologia PSL é similar ao padrão IPS. No entanto, de acordo com a empresa, uma tela do tipo é cerca de 10% mais brilhante e tem custo de fabricação 15% menor em comparação a este último. Sua aplicação é destinada tanto para monitores e aparelhos de TV quanto para dispositivos móveis.

O que é Plasma?
A tecnologia LCD é certamente, um grande avanço para a indústria de telas (displays), mas não veio sozinha: principalmente no segmento de televisores, as telas de Plasma respondem por uma boa fatia do mercado.
Na verdade, não se trata de uma tecnologia necessariamente nova: as primeiras telas do tipo foram apresentadas na década de 1960. No entanto, a tecnologia somente passou por aperfeiçoamentos significativos nos últimos anos.
Tal como você já sabe, o componente principal do LCD é o cristal líquido presente entre duas lâminas. No Plasma, o esquema é parecido, mas o material que permanece entra as camadas é um tipo de gás que fica armazenado em um conjunto de milhões de células.
Este gás, quando estimulado eletricamente, libera luz ultravioleta. Esta, por sua vez, causa reação nos átomos de fósforo que revestem cada célula. O fósforo é um elemento que gera iluminação quando submetido a outra luz.
Nos painéis de Plasma, normalmente cada pixel é formado por três células, cada uma responsável por uma cor diferente: vermelho (red), verde (green) e azul (blue). A combinação destas é que gera as cores que enxergamos na tela. O fósforo presente em cada célula recebe uma intensidade de luz ultravioleta diferente, possibilitando milhões de combinações que resultam na gama de cores.

TV de Plasma - Imagem por Panasonic
Graças a isso, painéis de Plasma conseguem ter seus pixels iluminados de maneira individual. O resultado é uma tela com excelentes níveis de brilho e nitidez, mesmo quando visualizada a partir de posições mais afastadas em relação à frente do aparelho.

Qual é melhor: LCD ou Plasma?
Depende. Pode parecer uma resposta muito evasiva, mas é a mais adequada. É bom que se saiba que cada tem tecnologia tem suas vantagens e desvantagens, e que estas podem ser amenizadas ou acentuadas, dependendo do produto como um todo.
Por padrão, podemos dizer que o LCD tem as seguintes desvantagens: menos brilho, não exibe cor preta "profunda" com fidelidade, possibilidade de um ou mais pixels não funcionarem corretamente (o já mencionado dead pixel), pode haver mais limitações na variedade de resoluções disponíveis, entre outros.
Telas de Plasma, por sua vez, são suscetíveis a um problema chamado burn-in, que consiste em marcas deixadas no painel quando determinadas imagens são exibidas por muito tempo no aparelho, como por exemplo, o logotipo de uma emissora de TV no canto da tela. Além disso, são mais caras e, muitas vezes, mais frágeis.
Mas, como você viu no tópico sobre tipos de LCD, a indústria trabalha incansavelmente em formas de melhorar as tecnologias, por isso, não raramente, os problemas associados a cada padrão podem ser amenizados ou até mesmo eliminados.
Por este motivo, diante do dilema de escolher entre um produto LCD e outro Plasma, certamente é mais adequado observar as especificações de cada dispositivo. O tópico a seguir aborda as características mais comuns.

Características das telas
Na hora de escolher um monitor de vídeo ou mesmo uma TV, independente da tecnologia, é importante observar alguns aspectos para fazer uma boa aquisição. A seguir, as principais características a serem observadas.
Tempo de resposta
O tempo de resposta é uma característica importante, principalmente a quem deseja utilizar o monitor ou a TV para jogos ou vídeos em alta definição. Isso porque estas são aplicações que exigem alterações rápidas do conteúdo visual. Se o monitor ou a TV não for capaz de acompanhar estas mudanças, ou seja, tiver um tempo de resposta ruim, causará efeitos indesejados, como "objetos fantasmas" na imagem ou sombra em movimentos.
Quanto menor o tempo de resposta, melhor a atualização da imagem. Para os padrões atuais, é recomendável um equipamento que tenham esta medida com tempo inferior a 10 ms.
Taxa de atualização
A taxa de atualização (refresh rate) indica a quantidade de vezes que a tela é renovada por segundo. Sua medida é feita em Hertz (Hz). Se um monitor trabalha com 75 Hz, por exemplo, isso significa que a imagem é renovada 75 vezes por segundo na tela.
Em termos gerais, quanto maior a taxa de atualização, mais conforto visual o usuário terá, especialmente em sequências de vídeo bastante movimentadas. O mínimo recomendável é 60 Hz.
Vale frisar, no entanto, que este aspecto foi muito importante nos aparelhos CRT, já que estes utilizam um feixe de luz que varre toda a tela. Assim, quanto maior sua taxa de atualização, mas rapidamente o feixe termina uma varredura e começa outra.
Nas telas atuais, sejam elas LCD, Plasma ou OLED, a taxa de atualização não é tão importante assim, já que os pixels permanecem ativos até que uma mudança de imagem os faça mudar de condição.
Tamanho da tela e resolução
Quando os monitores de LCD começaram a se popularizar, era comum encontrar telas com tamanho de 14, 15 e 17 polegadas. Hoje, o tamanho mínimo mais comum para monitores é de 19 polegadas, não sendo raro monitores com telas de 20, 21, 23 ou até mais polegadas. Os Televisores mais comuns variam entre 20 e 50 polegadas, sendo que telas de Plasma geralmente são aplicadas mais comumente nos modelos maiores.
Também é interessante notar que, atualmente, praticamente todos os monitores e televisores são do tipo widescreen. Isso indica que suas telas são mais largas, tornando-os uma excelente opção para a visualização de filmes ou para a exibição de mais informações na tela.
Via de regra, um monitor pode ser considerado widescreen quando tem um aspect ratio superior a 4:3. Isso quer dizer que a proporção da tela é uma unidade de medida maior na largura para cada três unidades de medida na altura. Para efeitos comparativos, bastaria uma tela ter aspect ratio de 4:4 (ou 1:1) para ser considerada quadrada. O monitor visto abaixo tem aspect ratio de 16:9, portanto, é widescreen:

Monitor widescreen - Imagem por LG
Vale frisar que se uma tela tem, por exemplo, tamanho de 19 polegadas e formato widescreen, isso não significa que o dispositivo é, necessariamente, maior que um monitor de 19 "normal". O que acontece nas telas widescreen é que, a grosso modo, suas laterais são mais afastadas, mas a distância entre as extremidades superior e inferior não aumentam na mesma proporção.
Em relação à resolução, monitores e televisores trabalham atualmente com taxas satisfatórias. Quando falamos deste aspecto, estamos nos referindo ao conjunto de pixels que formam linhas horizontais e verticais na tela. Vamos tomar como exemplo uma resolução de 1600x900. Esse valor indica que há 1600 pixels na horizontal e 900 pixels na vertical, como exemplifica a imagem:

Tela com resolução de 1600x900
Ainda sobre resolução, você pode encontrar termos como 720p e 1080p. Conforme explica este artigo sobre HDMI, estas nomenclaturas indicam a quantidade de pixels suportada pelo dispositivo, além do uso de progressive scan ou interlaced scan. No progressive scan, todas as linhas de pixels da tela são atualizadas simultaneamente. Por sua vez, no modo interlaced scan, primeiro as linhas pares recebem atualização e, em seguida, as linhas ímpares, ou seja, é um esquema do tipo "linha sim, linha não". Em geral, o modo progressive scan oferece melhor qualidade de imagem.
Assim sendo, a letra 'p' existente em 720p, 1080p e outras resoluções indica que o modo usado é progressive scan. Se for utilizado interlaced scan, a letra aplicada é 'i' (por exemplo, 1080i). O número, por sua vez, indica a quantidade de linhas de pixels na vertical. Isso significa que a resolução 1080p, por exemplo, conta com 1080 linhas verticais e funciona com progressive scan. Eis algumas resoluções comuns:
480i = 640x480 pixels com interlaced scan;
480p = 640x480 pixels com progressive scan;
720i = 1280x720 pixels com interlaced scan;
720p = 1280x720 pixels com progressive scan;
1080i = 1920x1080 pixels com interlaced scan;
1080p = 1920x1080 pixels com progressive scan.
Você já deve ter ouvido falar do termo Full HD (High Definition). Esta expressão, cuja interpretação seria algo como "Alta Definição Máxima", indica que a tela trabalha na resolução máxima, que é de 1080p. Isso significa que o dispositivo será capaz de executar em qualidade máxima vídeos - provenientes de um disco Blu-ray, por exemplo - preparados para este nível de resolução.
Estão surgindo no mercado televisores mais sofisticados capazes de trabalhar com 4K, uma resolução tão alta que seu uso não é raro em cinemas. Esta medida indica que o aparelho é capaz de proporcionar imagens com até 4096x2160 pixels. Incrível, não? Para se ter uma ideia do "poder" da resolução de 4K, um vídeo de poucos segundos pode exigir vários gigabytes de tamanho para aproveitar todo o seu potencial.
Também é possível encontrar equipamentos que trabalham com as resoluções de 2K (2048x1080 pixels) e 8K(7680x4320 pixels).
Contraste e brilho
O contraste é outra característica importante na escolha de monitores e televisores. Trata-se de uma medição da diferença de luminosidade entre o branco mais forte e o preto mais escuro. Quanto maior for esse valor, mais fiel será a exibição das cores da imagem. Isso acontece porque esta taxa, quando em número maior, indica que a tela é capaz de representar mais diferenças entre cores. Para o mínimo de fidelidade, é recomendável o uso de telas com contraste de pelo menos 500:1 ou, se o fabricante informar esta medida como sendo "contraste dinâmico", de 10.000:1.
Em relação ao brilho, o ideal é o uso de tela que tenham esta taxa em, pelo menos, 250 cd/m² (candela por metro quadrado).
Ângulo de visão
A maneira mais fácil de visualizar o conteúdo exibido na tela é estando bem à frente dela. Mas, na sala de uma casa com várias pessoas, por exemplo, alguém sempre ficará em uma posição lateral em relação à TV. Por isso, é importante escolher um monitor ou um televisor com suporte a ângulos de visão mais "generosos".
O ideal é escolher um dispositivo que ofereça ângulo de visão máximo o mais próximo possível de 180 graus. Perceba que alguns fabricantes podem anunciar esta medida como sendo, por exemplo, 170H/150V. A letra 'H' indica o ângulo na horizontal, enquanto que 'V' o faz considerando a vertical, isto é, a visualização a partir de tantos graus para cima e para baixo.


Ângulo de visão lateral

OLED e AMOLED
As tecnologias LCD e Plasma representam um marco para a indústria de telas, mas não estão sozinhas. Mais recentemente, as tecnologias OLED (Organic Light Emitting Diode) e AMOLED (Active Matrix OLED) começaram a ter espaço neste segmento.
Antes de prosseguirmos, é importante frisar que muitos aparelhos possuem telas LCD com retroiluminação LED (enquanto outros o fazem com lâmpadas especiais). Isso significa que o painel conta com um conjunto de LEDs responsável por iluminar cada trecho do LCD. Com isso, o fabricante promove o dispositivo com sendo um "monitor LED" ou uma "TV LED", mas é importante deixar claro que estes aparelhos não são OLED ou AMOLED.
Em tempo, LED (Light Emitting Diode) consiste, tal como o nome indica, em um diodo (material semicondutor) capaz de emitir luz quando energizado. Trata-se de um componente com ampla utilização pela indústria por ser barato e mais durável. É possível encontrá-lo em eletrônicos dos mais variados tipos, até mesmo em lanternas de carros.
OLED
O OLED tem certa semelhança com o LED, mas difere em sua composição: trata-se de um material formado por diodos orgânicos (isto é, constituídos com carbono) que geram luz quando recebem carga elétrica. Estes diodos podem ser bastante pequenos, permitindo que cada pixel da tela receba este material de forma a ser iluminado individualmente.
Como o OLED é capaz de gerar luz, a tela não necessita de retroiluminação. Por causa disso, a indústria pode criar telas mais finas e que geram menos custos de fabricação, já que este processo também é mais simples. A espessura de painéis OLED é tão minúscula que é possível até mesmo a fabricação de telas flexíveis, já em teste em vários fabricantes.
As vantagens não terminam aí: telas OLED também gastam menos energia; geram cores mais nítidas, inclusive de preto, já que não há camadas que possam diminuir a intensidade de iluminação; suportam maior ângulo de visão; e oferecem menos tempo de resposta.
Por causa disso, telas OLED são utilizadas principalmente em dispositivos móveis, que necessitam de telas mais finas por causa do seu tamanho reduzido e também de menor consumo de energia, já que somente são conectados às tomadas para recarga de bateria.
AMOLED
Há uma variação do OLED chamada AMOLED. A principal diferença entre ambos é que telas composta com esta última tecnologia são do tipo matriz ativa. É uma situação semelhante à existente no LCD: telas OLED com matriz passiva são orientadas com um esquema de transistores organizados em linhas e colunas; em telas AMOLED, os transistores são aplicados considerando cada pixel.
Para que isto seja possível, as telas AMOLED, tal como o LCD, também utilizam uma camada de TFT, o que deixa sua fabricação um pouco mais complexa. Mas, deste processo surgem várias vantagens, como telas com tempo de resposta ainda menor e cores mais vivas.

Nokia N9: smartphone com tela AMOLED
É possível encontrar mais variações da tecnologia OLED. Uma delas, apresentada pela Samsung, é chamada pela empresa de Super AMOLED. O seu desenvolvimento é fruto da disputa de empresas pela fabricação da tela mais fina: o AMOLED "comum" é, essencialmente, composto por camadas com cátodo, material orgânico e TFT inseridos entre lâminas de vidro. No Super AMOLED, uma destas lâminas é eliminada, assim como o espaço entre as camadas é diminuído, permitindo a formação de uma tela mais fina.
Telas Super AMOLED conseguem amenizar um problema do AMOLED, já que também possui menor quantidade de material refletivo: a dificuldade de visualização da tela em situações de exposição à luz solar, problema que também ocorre com telas LCD e Plasma, mas geralmente com menor intensidade. Se levarmos em conta que telas OLED e AMOLED são aplicadas principalmente em dispositivos móveis, portanto, com mais chances de serem expostas ao Sol, é uma vantagem e tanto!

Telas sensíveis ao toque
Telas sensíveis ao toque (touchscreen) existem há tempos, mas somente nos últimos anos se popularizaram, especialmente com o surgimento de smartphones e tablets. A ideia é muito simples: com o uso de uma caneta especial (stylus) ou com as pontas dos dedos, o usuário executa determinações ações na tela por meio de toques.
Há várias tecnologias para este tipo de aplicação, como as telas que utilizam sensores infravermelho ou ondas acústicas de superfícies. No entanto, as tecnologias mais comuns são as telas resistivas e capacitivas.
Telas resistivas
Telas resistivas chegaram primeiro ao mercado e são utilizadas principalmente com stylus, embora também possam ser acionadas com a ponta dos dedos. Seu funcionamento ocorre, essencialmente, da seguinte forma: a tela possui duas lâminas bastante finas sobrepostas, havendo um espaço bastante pequeno entre elas. Quando um toque é realizado na tela, as duas lâminas se tocam naquele ponto, causando uma mudança na corrente elétrica que passa por ali. Esta alteração é identificada e suas coordenadas são repassadas para o aparelho em si, que executará a tarefa relacionada.
Telas resistivas têm fabricação mais simples e componentes menos custosos, portanto, são mais baratas. Por outro lado, apresentam desvantagens consideráveis: para começar, suas lâminas deixam a tela mais escura; além disso, podem não funcionar muito bem com toque a partir da ponta dos dedos; por fim, aplicações que exigem dois ou mais toques simultâneos geralmente não funcionam da maneira esperada com este tipo de tela.

A tela inferior do Nintendo DS é resistiva
Telas capacitivas
Telas capacitivas são mais sofisticadas e, consequentemente, mais caras, mas oferecem uma experiência muito melhor ao usuário. É o tipo de tela sensível ao toque encontrado nas linhas iPhone e iPad da Apple, por exemplo.
As telas capacitivas possuem uma lâmina que recebe carga elétrica. Quando o usuário toca na tela, a carga elétrica existente na ponta dos dedos causa uma alteração no campo elétrico presente ali. Com isso, o dispositivo é capaz de identificar os pontos que estão sendo tocados e executar a ação necessária.

iPad 2: tela capacitiva - Imagem por Apple
Telas capacitivas são mais vantajosas: o usuário não precisa, necessariamente, exercer uma pressão na tela, tal como ocorre nas telas resistivas, bastando o toque; é possível utilizar múltiplos toques simultâneos; a tela não possui camadas que a deixam consideravelmente mais escuras.
Por outro lado, o usuário pode ter alguma dificuldade para usar a tela se estiver usando luvas, por exemplo. Além disso, aplicações que exigem uma stylus precisam que este dispositivo tenha em sua ponta algum material capaz de alterar o campo elétrico da tela.

Telas 3D
Não faz muito tempo que a, exemplo dos cinemas, a indústria começou a apresentar telas capazes de gerar imagens 3D. Em poucas palavras, isso significa que uma pessoa é capaz de visualizar determinado conteúdo na tela com uma percepção de profundidade acentuada, fazendo-a ter a impressão de que a imagem em foco está, de fato, à sua frente.
Telas do tipo são mais sofisticadas e, consequentemente, mais caras. Boa parte delas exige a utilização de óculos especiais para a visualização do conteúdo tridimensional, embora o mercado já conte com aparelhos que dispensam o uso destes dispositivos. Um exemplo é console portátil de games Nintendo 3DS.
Basicamente, o conteúdo 3D é formado pela exibição simultânea de duas imagens iguais, mas deslocadas ligeiramente na horizontal. Cada imagem é captada de maneira individual por cada olho. Este processo todo gera a percepção de profundidade. Perceba que, com isso, pessoas que possuem um dos olhos comprometidos acabam não conseguido "juntar" (convergir) as imagens para visualizar o material como estando em 3D.

Formando uma imagem 3D - Ilustração por Panasonic
Nos cinemas, os óculos utilizados são do tipo passivo. O tipo de óculos que mais se popularizou é o que usa uma lente na cor azul e a outra na cor vermelha. As lentes vermelhas conseguem "anular" os tons desta mesma cor provenientes da imagem. A lente azul faz o mesmo com os seus tons. Este esquema consegue gerar uma sensação de profundidade.
Todavia, é mais comum encontrar nos cinemas óculos do tipo polarizados. Estes possuem lentes que filtram a passagem de luz a partir de determinados ângulos. Este tipo de óculos se tornou comum porque exibe as cores de maneira mais fiel.
No caso de TVs 3D, é mais comum o uso de óculos ativos. Estes geralmente são formados por lentes que fazem uso da tecnologia LCD ou mesmo Plasma que ficam transparentes e opacos de acordo com o conteúdo 3D exibido, de forma que o olho direito fique sem recepção das luzes quando imagens para o olho esquerdo são mostradas e vice-versa. Isso acontece de maneira extremamente rápida. Além disso, os óculos se comunicam com a TV por alguma tecnologia sem fio (geralmente, infravermelho ou Bluetooth) para "saber" o momento de ativar ou desativar a passagem de luz para cada olho.

Óculos 3D ativos - Imagem por Panasonic
No caso de equipamentos que não exigem óculos 3D, há vários "truques" que podem ser empregados, no entanto, é mais comum o uso de telas que possuem uma camada de lentes extremamente pequenas, onde parte destas direciona a imagem para o olho esquerdo e, a outra, para o olho direito. Tais lentes são dispostas de maneira intercalada. O problema é que o conteúdo 3D precisa ser disponibilizado de maneira compatível com este esquema para o efeito tridimensional funcionar.
Telas 3D podem ser oferecidas nas tecnologias abordadas aqui, sendo mais comum, no caso de televisores, em painéis LCD e Plasma. Perceba que não é qualquer equipamento do tipo que pode exibir imagens tridimensionais; é necessário que o dispositivo seja preparado para isso. Além disso, o conteúdo - como um filme - também precisa ser compatível.
Note que o cérebro acaba tendo que trabalhar mais para conseguir focalizar e convergir as imagens, por isso, não raramente, uma pessoa pode se cansar mais rapidamente ao visualizar conteúdo 3D.

Gorilla Glass
A tecnologia Gorilla Glass é um dos itens que diferenciaram o iPhone em seu lançamento. Tem tanta importância para esta linha que a história de seu uso foi inclusive contada na biografia de Steve Jobs, já que o executivo esteve diretamente envolvido com a sua adoção.
Jobs queria que a tela do iPhone utilizasse vidro, em vez de outro material transparente. O problema é que vidro é um componente que pode sofrer riscos ou quebras com relativa facilidade. Por conta disso, passou a procurar por alguma tecnologia de vidro altamente resistente.
Não demorou para que Jobs encontrasse Wendell Weeks, que dirigia a empresa Corning Class. Jobs explicou que tipo de vidro procurava e, para a sua felicidade, Weeks revelou que sua empresa desenvolveu uma tecnologia em meados de 1960 que poderia atender à sua necessidade.
Wendell Weeks estava falando de um tipo de vidro feito com um processo químico que o tornava bastante resistente, portanto, com chances bem menores de ser quebrado ou riscado. O problema é que este tipo de material não encontrou aplicação no mercado, fazendo a Corning Glass parar de produzí-lo.
Foi assim que o Gorilla Glass apareceu como um tecnologia nova. Jobs só teve o trabalho de convencer Weeks a fabricar os vidros para o iPhone. Apesar das incertezas do dirigente da Corning Class, o primeiro lote foi entregue depois de seis meses, aproximadamente.
Atualmente, é possível encontrar a tecnologia Gorilla Glass sendo empregada em smartphones, TVs, tablets e outros dispositivos produzidos por diversos fabricantes.
Como a tecnologia Gorilla Glass não encarece de maneira significativa os produtos, adquirir um aparelho que a utilize pode realmente valer a pena.

Fonte:http://www.infowester.com/lcd_plasma_oled.php

Nenhum comentário:

Postar um comentário